sábado, 8 de novembro de 2008

Nossos sonhos medem nossa grandeza

Nós somos do tamanho dos nossos sonhos. Há em cada ser humano um sebastianista louco vislumbrando o Quinto império, um navegador ancorado no cais a idealizar mares nunca dantes navegados e um obscuro Dom Quixote que , mesmo amesquinhado pelo atrito da hora áspera do presente, investe contra seus inimigos intemporais: o derrotismo, a indiferença e o tédio.
Sufocado pelo peso de todos os determinismos e pela dura rotina do pão-nosso-de-cada-dia, há em cada homem um sentido épico da existência que se recusa a morrer, mesmo banalizado, manipulado pelos veículos de massa e domesticado pela vida moderna.
É preciso agora resgatarmos esse idealista que ocultamente somos, mesmo que D. Sebastião não volte, ainda que nossos barcos não cheguem a parte alguma, apesar de não existirem sequer moinhos de vento.
Senão teremos matado o santo e o louco que são o melhor de nós mesmos; senão teremos abdicado dos sonhos da infância e do fogo da juventude; senão teremos demitido nossas esperanças.
O homem livre num universo sem fronteiras. O Nordeste brasileiro verde, pequenos nordestinos risonhos e saudáveis soletrando o abecedário. Um passeio à pé pela cidade calma. Pequenos cristãos, árabes e judeus brincando de roda em Beirute ou na Palestina.
E os estudantes todos de um País chamado Brasil convocados a darem o melhor de si na carreira que escolherem.
Utopias? Talvez sonhos irrealizáveis de um poeta menor, mas convicto de que "nada vale a pena se a alma é mesquinha e pequena".

2 comentários:

daniele disse...

Amor você tem talento para brincar com as palavras, seu texto entra pelos olhos, atravessa nossa mente e se aconchega no coração. Obrigado por sua generosidade!!!!!!!!!!!!!!!!!!


te amooo

Sem nome disse...

A loucura como norteadora de nossas convicçoes e sonhos...

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