quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Espera

Às vezes, quieto, fico a procura do meu melhor poema.
Passo horas à sua espera. Mas ele insiste em não aparecer e se esconde lá nas sombras da imaginação.
Assim como eu, ele está quieto, camuflado em emoções, mergulhado na alma.
Mas, não perco a esperança.
Um dia ele fará a viagem, a magnífica passagem.
Sairá subitamente de minha mente e colorirá as pálidas e inóspitas páginas do livro de minha vida.

2 comentários:

Thiago de Andrade disse...

Você conseguiu se utilizar da poesia para retratar o sofrimento do poeta, quando as palavras o abandonam. Eis o grande dilema do artista, ser privado da sua própria vida.
Parabéns, meu amigo!

Sem nome disse...

O poema parece com meu eu lírico interno em fase de descobertas e apreciações, onde produção e "palavras-nada" se encontram, apenas fica o abismo da angústia de não conseguir simbolizar o que está sendo visto...

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